O mestre encarregou o discípulo cuidar do campo de arroz. No primeiro ano, o discípulo vigiava para que nunca faltassse a água necessária. o arroz cresceu e a colheita foi boa. No segundo ano, ele acrescentou um pouco de fertilizante. O arroz cresceu rapidamente e a colheita foi maior. No terceiro ano, ele botou mais fertilizante. A colheita foi maior ainda mais o arroz nasceu pequeno. " Se continuar aumentando a quantidade, não terá nada de valor no ano que vem", disse o mestre. " Você fortalece alguem quando ajuda um pouco. Mas o enfraquece se ajuda muito."
Jornal Extra RJ 19/07/2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
O sapo surdo
Todos os anos, na floresta das águas, havia uma grande festa sempre quando chegava o inverno.
Todos iam para uma lagoa e lá faziam diversas competições.
Então veio a surpresa.
Quando todos os animais estavam presentes, perceberam no centro da lagoa uma enorme construção coberta. Então várias folhas foram puxadas e apareceu no meio da lagoa uma grande torre.
A multidão de animais aplaudiu.
Era a competição da subida dos sapos, uma novidade naquele ano. O primeiro sapo a chegar ao alto da grande torre seria o sapo vencedor.
Muitos sapos pularam na água, cem, duzentos, trezentos. Então começaram a saltar na torre para escalá-la.
Mas a torre era alta e lisa e a maioria dos sapos começaram a cansar e desistir.
A multidão que não queria nenhum vencedor passou a gritar :
- Vai cair, vai cair, vai cair !
E caíam de dez a vinte sapos de vez. A multidão ria.
E o tempo ia passando. Agora, a multidão gritava alegre fazendo espetáculo, bastava ver um sapo se destacar na subida e o coro ficava mais alto.
- Cai, cai, cai - e lá iam os sapos caírem. Muitos sapos cansados já nadavam para as margens e saíam da lagoa.
A multidão ainda gritava para os poucos que restavam, então um dos sapos começou a se aproximar do cume da alta torre.
A multidão percebeu e começou a gritar ainda mais alto:
- Vai cair, vai cair, vai cair !
Finalmente, o sapo chegou ao cume e se tornou campeão.
Raivosa e cheia de inveja daquela façanha, a multidão quis saber o mistério do campeão. A resposta foi dada por seu primo que disse a uma garça repórter: ele é forte, só tem um defeito, é surdo.
(Acredite em si, lute, a inveja e o negativismo alheio são nossos piores inimigos)
Bérgson Frota
(Escritor)
(Acredite em si, lute, a inveja e o negativismo alheio são nossos piores inimigos)
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